O Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido, por décadas, a principal ferramenta para diagnosticar a obesidade, mas será essa fórmula a melhor maneira de avaliar a saúde e calcular gordura corporal no século XXI?
A reportagem “Mais que IMC: especialistas propõem reformulação de diagnóstico da obesidade”, do Portal G1, traz à tona uma discussão importante sobre a validade do Índice de Massa Corporal (IMC) como único indicador para diagnosticar a obesidade e calcular gordura corporal.
O artigo destaca a posição da Comissão sobre Obesidade Clínica, formada por 56 especialistas do mundo todo, que defende uma reformulação no diagnóstico da obesidade, indo além do IMC. A comissão argumenta que o IMC, por si só, não é suficiente para avaliar a saúde individual, uma vez que não considera a composição corporal, a distribuição de gordura e outros fatores relevantes.
A reportagem apresenta dados alarmantes sobre a obesidade no mundo, com mais de um bilhão de pessoas afetadas pela doença, segundo a OMS. E destaca que nem sempre pessoas com excesso de gordura corporal têm um IMC que indique obesidade, o que pode agravar problemas de saúde.
Por que o IMC pode ser um problema?

O IMC é calculado dividindo o peso (em quilogramas) pela altura ao quadrado (em metros). Com base no resultado, o indivíduo é classificado em categorias como baixo peso, peso normal, sobrepeso ou obesidade.
Embora seja uma ferramenta simples – projetada para caracterizar populações, e não para ser aplicado individualmente – e amplamente utilizada, o IMC apresenta limitações importantes que questionam sua validade para calcular gordura corporal e avaliar a saúde de forma precisa.
Diversos fatores podem afetar o peso e a saúde de uma pessoa, e isso não necessariamente estará refletido no resultado apresentado pelo índice.
A reportagem cita o professor de medicina Robert Eckel, que explica que “confiar apenas no IMC para diagnosticar obesidade é problemático, pois algumas pessoas tendem a armazenar excesso de gordura na cintura ou em torno de seus órgãos, como o fígado, o coração ou os músculos, o que está associado a um risco maior à saúde”.
Calcular gordura corporal: o IMC ainda é a melhor ferramenta?

Uma das principais críticas ao IMC é que ele não diferencia massa muscular de gordura corporal. Imagine dois indivíduos com o mesmo peso e altura: um atleta musculoso e uma pessoa sedentária com excesso de gordura.
O IMC de ambos será o mesmo, mesmo que suas composições corporais e seus níveis de saúde sejam completamente diferentes. Isso mostra que o IMC, isoladamente, não é suficiente para calcular gordura corporal e avaliar a saúde de forma precisa.
Limitações do IMC
- Cálculo simplista: O cálculo do IMC é baseado apenas no peso e na altura, sem levar em consideração a composição corporal, a distribuição de gordura, a idade, o sexo e outros fatores relevantes para a saúde. Ele não considera, por exemplo, a densidade óssea, a quantidade de água no corpo e a proporção entre massa magra e gordura.
- Incapacidade de diferenciar massa muscular de gordura: Como vimos no exemplo anterior, o IMC não distingue entre músculo e gordura, o que pode levar a classificações errôneas e conclusões equivocadas sobre a saúde do indivíduo. Um atleta com alto IMC pode ser classificado como sobrepeso, mesmo estando em excelente forma física.
- Resultados enganosos para atletas, idosos e outros grupos: Atletas, por exemplo, tendem a ter um IMC mais alto devido à sua massa muscular, mesmo que tenham um baixo percentual de gordura. Idosos, por outro lado, podem ter um IMC considerado normal, mas com um alto percentual de gordura e baixa massa muscular, o que aumenta o risco de fragilidade e doenças.
- Influência de fatores como etnia e estrutura óssea: O IMC pode não ser uma ferramenta precisa para avaliar a saúde de pessoas de diferentes etnias, pois a composição corporal e a distribuição de gordura podem variar entre diferentes grupos étnicos. A estrutura óssea também pode influenciar no resultado do IMC, levando a classificações imprecisas.
Novas Abordagens para Avaliar a Saúde

Diante das limitações do IMC, novas abordagens para avaliar a saúde e calcular gordura corporal têm ganhado destaque:
- Percentual de gordura corporal: O percentual de gordura corporal é um indicador mais preciso da saúde do que o IMC, pois ele mede a quantidade de gordura presente no corpo em relação à massa total. Existem diferentes métodos para medir o percentual de gordura, como a bioimpedância, o adipômetro e a DEXA (absorciometria de raios X de dupla energia).
- Relação cintura-quadril: A relação cintura-quadril é um indicador da distribuição de gordura corporal. Um valor elevado da relação cintura-quadril indica um acúmulo de gordura na região abdominal, o que aumenta o risco de doenças cardíacas, diabetes e outros problemas de saúde.
- Bioimpedância: A bioimpedância é um método não invasivo que utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade para analisar a composição corporal, incluindo a massa magra, a gordura corporal e a água corporal. É uma ferramenta útil para acompanhar o progresso em programas de emagrecimento ou ganho de massa muscular.
Saiba mais aqui sobre como a bioimpedância é utilizada para acompanhar o peso?
O Futuro da Avaliação da Obesidade
O futuro da avaliação da obesidade e da saúde metabólica aponta para uma abordagem mais completa e individualizada, que vá além do IMC e considere diferentes fatores:
- Combinação de diferentes métodos: A combinação de diferentes métodos de avaliação, como a bioimpedância, a relação cintura-quadril e os exames de sangue, permite uma análise mais completa da saúde do indivíduo.
- Consideração de fatores individuais: Fatores como a genética, o estilo de vida, o histórico familiar e as condições de saúde devem ser considerados na avaliação da obesidade e na definição de estratégias para o controle do peso.
- Importância da avaliação médica e acompanhamento profissional: A avaliação médica e o acompanhamento profissional são fundamentais para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da obesidade e de outras doenças relacionadas ao excesso de peso.
Considerações finais sobre o IMC e a composição corporal
Endocrinologistas brasileiros apoiam a reformulação do diagnóstico da obesidade e destacam a importância de uma visão mais ampla sobre a doença, que vá além do IMC. Eles acreditam que a nova proposta pode melhorar o diagnóstico, ampliar o acesso a tratamentos e combater a ideia de que a obesidade é uma questão apenas de força de vontade.
O IMC pode ser uma ferramenta útil para uma avaliação inicial do peso corporal, mas ele não deve ser o único critério para classificar a obesidade e calcular gordura corporal. A busca por uma avaliação mais completa e individualizada, que leve em consideração a composição corporal e outros fatores de risco, é essencial para promover a saúde e o bem-estar.
Incentive seus pacientes e alunos a buscarem uma avaliação mais completa da sua saúde, com a ajuda de profissionais qualificados. Lembre-se que a saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças. Promova hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos, uma alimentação equilibrada e o gerenciamento do estresse, para que seus pacientes e alunos alcancem seus objetivos de forma saudável e sustentável.
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